quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Os mais vistos no You Tube

Depois deste tempo de licença-maternidade, estou dando uma geral em tudo o que produzi até então. Dos vídeos que estão no You Tube (ainda faltam pelo menos postar mais 40 programas!) fui ver quais foram os mais assistidos. Olha que bacana a estatística:

Entrevista com Chico Chagas - 1.799 views

Entrevista com Mart´nália - 650 views

Entrevista com Teresa Cristina - 565 views

Entrevista com Mauro Senise - 429 views

Entrevista com Cristina Braga - 382 views

Para assistir, dá uma passadinha no canal do programa no You Tube: www.youtube.com/programaandante

Tem também entrevistas com Francis Hime, Nicolas Krassic, Marceu Vieira e Tuninho Galante, Nadinho da Ilha, Marcos Sacramento e muitos outros. Em breve vou postar a entrevista que fiz com Leci Brandão.

Quatro meses se passaram...

Quatro meses se passaram da minha última postagem aqui no blog. Não é abandono não. Meu primeiro filho estava lindamente tomando todo o meu tempo. Nasceu em 5 de julho, ouve muita música e neste momento em que escrevo está no meu colo olhando atentamente cada letra que teclo. É atento! As folhas já fazem parte da vida dele! Temos uma mini floresta no canteiro de casa, sempre que posso, levo ele para a natureza. Praia? Todos os dias...um passeio pelo calçadão..Não, não é apenas por corujice que estou falando tudo isso e sim porque um filho renova a nossa vida, nossos desejos, nossos desafios e nossas ambições. Ele me dá sim mais vontade ainda de trocar com você, leitor, os programas que fiz com ele na barriga ou até mesmo antes. Então, cumpro agora minha promessa e posto aqui a entrevista que fiz com a super cantora Marcela Mangabeira, que tem o seu disco de estréia, "Simples" entre os 10 mais vendidos no Japão. Marcela, que adora correr na praia e tem uma família musical - é casada com Márcio Menescal, do Bossacucanova e filho de Roberto Menescal, escolheu um dos lugares mais lindos do Rio para esta entrevista: o Forte de Copacabana.

Entrevista Marcela Mangabeira - Parte 1:

Entrevista Marcela Mangabeira - Parte 2:
http://www.youtube.com/watch?v=gMQ1hodHvh0

Entrevista Marcela Mangabeira - Parte 3:

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Para deixar bem claro:

Meu período de licença maternidade terminou e com isso meu contrato com a UERJ foi desligado, não foi renovado porque todas as renovações anteriores já tinham sido feitas e o tempo máximo que se pode trabalhar como prestador de serviço, teoricamente, é 3 anos. Eu conheço casos em que pessoas estão a mais tempo, mas enfim, lei é lei. Por isso, quero dizer que não estou mais à frente do Andante, mas continuo aqui postando os vídeos que todos vêm pedindo através dos e-mails e também para compartilhar a música brasileira, que merece ser espalhada por terra, céu e mar. Qualquer programa que seja assistido onde eu não esteja à frente, fazendo a entrevista, não é de minha responsabilidade.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Moyseis Marques - Um Andante do Samba


Conforme prometi estou postando aqui mais um programa Andante, que agora, no meu período de licença-maternidade vai deixar este blog com um belo acervo.

Quando resolvemos fazer este programa, nós passeamos pela Lapa, pela Gamboa, pela Muda e, de camisa listrada, saímos por ai perguntando onde se encontrava um bom samba no Rio de Janeiro. Responderam que tinha um garoto da Vila da Penha que estava dando o que falar. É Moyseis Marques, que até os dezessete anos não tinha se interessado pelo samba, tirou o anel de doutor e adotou os pagodes, tacos de sinuca e a noite da Lapa.

Com sua voz, caneta e violão entrou para o Forró na Contramão. Dali foi para o Xaxados e Perdidos e para o consagrado grupo de samba Casuarina. Com o Tempero Carioca, seu primeiro grupo de samba, caiu de nas graças de grandes sambistas como Luiz Carlos da Vila, Walter Alfaiate, Nei Lopes, Wilson Moreira entre outros.

O encontro andante foi na Livraria Folha Seca, no Centro do Rio e referência da boa música e literatura brasileiras, e Moyseis recheou o programa de boas histórias, como a que emocionou Aldir Blanc, tocando a música “Imperial”, além de sua aventura pelo mundo da química e do teatro. Moyseis fala também sobre seu novo disco, que é uma passagem por todas as épocas so samba. Além de composições próprias, encaixa perfeitamente canções de autoria de Paulo César Pinheiro ("Nomes da favela") e Dona Ivone Lara ("Minha verdade"), Gordurinha ("Meu enxoval" e "O vendedor de caranguejo"), Geraldo Jacques ("Falsa patroa") e outros sambistas consagrados.

Não posso deixar de agradecer aqui o Rodrigo, da Livraria Folha Seca, sempre apoiando a música, o Júlio Moura, que me proporcionou conhecer o talento do Moyseis em uma coletiva de imprensa no Carioca da Gema, e Bárbara Hadock Lobo, produtora de Moyseis, que deu a maior força no dia da gravação.

Assista aqui!

Programa Andante - Entrevista Moyseis Marques - Parte 1:
http://www.youtube.com/watch?v=RkpMomA1TKc

Programa Andante - Entrevista Moyseis Marques - Parte 2:
http://www.youtube.com/watch?v=P2WjPk8INpE

Programa Andante - Entrevista Moyseis Marques - Parte 3:
http://www.youtube.com/watch?v=17rxcw2jd3I

terça-feira, 3 de junho de 2008

Regional Carioca, novo em folha!

Quero reestrear este blog em grande estilo, com uma grande indicação. É o Regional Carioca, grupo de choro aqui do Rio formado por novos grandes chorões da nossa música. É a renovação do choro com preservação da identidade, da marca original deste gênero centenário. Ana Rabello, talentosíssima, filha de Luciana Rabello e Paulo César Pinheiro, cavaquinista como a mãe é a representante feminina do grupo que também conta com o irmão, o violonista Julião Pinheiro, o bandolinista Tiago Souza, filho de Ronaldo do Bandolim, o violonista Rafael Mallmith e o percussionista Marcus Thadeu. Quando entrevistei o conjunto Época de Ouro, que era regional do Jacob do Bandolim e existe até hoje, eles realmente falaram, principalmente o Bruno Rian, que no choro, a tradição passa de pai pra filho. Esta é a prova, mas que também conta com nomes de peso que estão certamente iniciando a tradição em suas famílias.

Este CD de estréia é muito curioso. Todas as composições são de Joventino Maciel, que até então eu desconhecia, não fosse pelo talento destes novos chorões. Joventino nasceu em Campos (RJ) mas morou grande parte da sua vida em Rio Bonito, também no estado do Rio. Participou de rodas de choro com o mestre Jacob do Bandolim e Pixinguinha . Quem conta esta e outras histórias é Ronaldo do Bandolim, na abertura do encarte do disco, que tomo a liberdade de transcrever aqui:

"No final dos anos 60 tive a honra de conhecer e conviver com este grande músico e compositor, Joventino Maciel (03/05/1926 - 01/10/ 1993), entre as cidades de Niterói e Rio Bonito (RJ), onde constantemente visitava seus ensaios, e esta amizade durou até a morte. Grande conhecedor do choro, evidenciou sua arte ainda em Campos (RJ) onde nasceu e viveu por certo período até mudar-se para Rio Bonito. Participou de rodas de choro com Jacob do Bandolim (que selecionou 30 de suas músicas e gravou o choro Cadência) e Pixinguinha que propôs o nome do choro Mexeriqueiro, que lhe havia mostrado em companhia do bandolinista Déo Rian.

Apesar de bandolinista e lider de seu conjunto Reminiscências, que participou de vários festivais de choro, dominava como poucos o cavaquinho e o violão. Este conjunto hoje é liderado pelo seu filho Ricardo Maciel, também excelente bandolinista, que muito tem feito pela preservação e divulgação da obra de seu pai, contando sempre com a ajuda do irmão de Joventino, o violonista Walter Maciel.

Poucos anos antes de falecer, propus a Joventino ajudá-lo escrevendo parte de sua vasta obra, com o objetivo de preservá-la, dada sua grande beleza e valor. Compôs mais de duzentas músicas, todavia consegui escrever pouco mais de cem. A partir desta listagem, foi escolhido o repertório deste primeiro CD do Regional Carioca.

O grupo é produzido pela Joaninha Produções, de Joana Cunha, competente produtora musical aqui do Rio, e que disponibilizou três faixas do disco de estréia do Regional Carioca."

Tomo a liberdade de também disponibilizar as músicas aqui para você, já que duas delas foram batizadas por ninguém mais ninguém menos que Jacob do Bandolim e Pixinguinha:





Leia também a benção de Paulo César Pinheiro sobre o grupo, que está no encarte do CD e no site da Acari Records, gravadora pela qual saiu o disco.

Turma nova na parada. Mocidade provando que o choro não é coisa antiga, é obra eterna. Juventude tocando muito além dos dois acordes convencionais do imbecilizado padrão pop internacional.Meninada mostrando que o conhecimento, herdado dos velhos mestres, e seu aprofundamento, eleva o espírito, enriquece o acervo cultural de seu país e enobrece a alma humana. Garotada optando conscientemente pela sabedoria do som intemporal e recusando com fibra e valentia a sedução mentirosa do mercado.Moçada começando ja, em seu primeiro CD, a mergulhar no baú os esquecidos, recuperando para o Brasil um compositor, até mesmo de tradicionais chorões, quase desconhecido: o fluminense Joventino Maciel.Rapaziada que sabe o que quer, conhece o que toca, ama o canto de sua terra e prossegue a História. Geração que dá orgulho em quem manteve acesa a tocha que vem passando de mão em mão no Panteon da verdadeira música brasileira.Sangue novo na Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Benvindo, Regional Carioca! E que meu santo parceiro Pixinguinha os abençoe e os proteja!

Amém!
Paulo Cesar Pinheiro

De volta em novo estilo

Você pode ter notado que no último mês o Blog não foi atualizado. Peço desculpas, mas estava passando por um período de reformulação para podermos afinar as coisas por aqui. Para quem não sabe, nascerá um novo andante neste mundão e estou me preparando para isso. Então, entrei de licença-maternidade e deixei de dirigir e apresentar o programa Andante, porém, quero dar continuidade a este e outros trabalhos aqui com você, leitor. O nome mudou, Folhas e Tons pretende ser este cantinho pra falar de muita música e também de meio ambiente, com o qual trabalho bastante. Vou colocar minhas matérias, abrir para discussões, não vou deixar de colocar os 56 programas que comandei para enriquecer ainda mais esta troca de informações. Então, novinho em folha, nasce agora o Folhas e Tons. Espero que goste!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Paulão 7 Cordas: a história de quem faz histórias

Um grande músico faz samba com uma nota só. Mas Paulão faz samba em cordas, e ainda por cima 7, as que carrega em seu violão. De 29 de setembro de 1958, ele nasceu no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro, região das mais significativas para a música popular brasileira. Vindo de uma família de instrumentistas, Paulão 7 Cordas entrou muito cedo no universo do samba. Ainda menino, conviveu com grandes compositores da Mangueira, freqüentando os ensaios da bateria de mestre Valdomiro. Um “arteísta” como ele só , Paulão iniciou sua carreira ao lado de Nelson Cavaquinho. Diretor musical, arranjador, produtor e violonista, o músico ainda acumula em seu currículo parcerias com Nelson Sargento, Tantinho da Mangueira, Argemiro da Portela, João Nogueira, Cristina Buarque entre outros. Trabalha como diretor musical de Zeca Pagodinho há pouco mais de 20 anos. Inspirado pelo samba de Noel e outros mestres, Paulão recebeu o Andante em um estúdio pertinho de sua casa, na Glória, no Rio de Janeiro, para falar de sua trajetória de vida e carreira. E é na melodia das notas das sete cordas de seu violão que o Andante desta semana caminha para contar como tudo começou.

Serviço:
Andante com Paulão 7 Cordas
Terça-feira - 28/04/2008 - 21h
Sábado - 3/05/2008 - 16h
Não perca toda terça-feira, 10h30 da manhã, um Andante antigo no ar!

Texto: Brena Messias e Priscila Steffen